A cada dia surgem novas profissões no mercado de trabalho. Saber qual nova profissão será encetada no futuro próximo é o desafio que se impõe a cada indivíduo e organização, que precisam se antecipar com preparo e investimentos para garantir sucesso no competitivo mercado de trabalho.
No contexto da globalização, que apresenta acelerada mudança de portfólio de produtos e arranjos produtivos entre organizações, ser disruptivo é essencial, ou melhor, é regra de sobrevivência profissional, sendo necessário permanente atualização de informação e formação técnica, facilitando ao indivíduo a adaptação às mudanças da própria profissão, processos de gestão e tecnologias operacionais. O dinamismo do mercado de trabalho atual é um darwinismo profissional intenso, frenético e impiedoso.
Em menor ou maior grau, toda organização depende do desempenho do indivíduo, evidenciando que o sucesso é resultado não somente do volume do produto final que chega ao cliente externo, mas do trabalho formativo junto ao cliente interno, o colaborador e sua equipe, cuja conciliação da missão, visão e valores da organização com seus próprios objetivos, garante prosperidade financeira e bem-estar para toda a coletividade profissional.
Seguindo essa linha de raciocínio, cabe à equipe diretiva e a cada gestor imediato, fomentar e fidelizar os seus talentos, tornando-os de alto potencial, começando por entendê-los em sua história, perfil, habilidades e anseios profissionais, desafiando-os a solucionar progressivamente situações complexas na empresa. Adotado essa prática de gestão por competências, entende-se que o indivíduo é o principal ativo da organização, enquanto detentor de capital intelectual e patrimônio imaterial.
De acordo com pesquisa realizada pela Page Personnel, publicada pelo G1, em 2018, 9 em cada 10 pessoas são contratadas por habilidades técnicas, e demitidas por habilidades comportamentais, em que a falta de inteligência emocional e má conduta representa 90% dos casos de demissão. Em 2021, em outra pesquisa conduzida pela Page Personnel, 60,47% dos líderes realizaram demissões devido a comportamentos inadequados; 47,69% dos liderados já pediram demissão motivados pelo mau relacionamento com um líder ou membro da equipe. Ambos os dados expõem a fragilidade do processo de gestão de pessoas na organização, que, por sua vez, revela a urgência de se implantar políticas de recrutamento, treinamento, avaliação (clima organizacional e desempenho), e reconhecimento, garantindo líderes e liderados satisfeitos e de alta performance, além de entender os motivos do adoecimento financeiro da organização, e físico e mental dos indivíduos. A saúde da organização é resultado da saúde da coletividade profissional.
Em suma, para garantir pessoas certas nos lugares certos com as competências certas, faz todo sentido contratar pessoas com habilidades comportamentais – Soft Skills (inteligência emocional e social), que demoram para ser integradas por estar relacionadas à personalidade, história e valores do indivíduo, sendo garantido treinamento e preparo de habilidades técnicas – Hard Skills (Cursos específicos), desde a etapa do recrutamento e tempo de experiência, até o ato de desligamento do indivíduo na organização, resultando em uma trajetória profissional de alta performance, com total correspondência entre missão institucional e objetivos pessoais de cada colaborador.