
O Palacete Visconde da Palmeira, onde hoje funciona o Museu Pedagógico Dom Pedro I e Dona Leopoldina, já teve diversas funções desde sua construção no século XIX. Foi residência, escola de farmácia e odontologia, escola regular e até hospital. Em 1957, foi fundado o museu, que, na época, funcionava junto à escola.
Em 1969, o prédio — então sob posse do governo estadual — foi tombado pelo CONDEPHAAT, passando a servir exclusivamente como museu. No entanto, o projeto de restauração demorou a sair do papel. No final da década de 1980, o edifício foi doado pelo Estado ao município e encontrava-se com a estrutura comprometida, a ponto de quase ser demolido.
As obras de restauração tiveram início em agosto de 1992, sob a orientação dos então responsáveis pelo museu, Dr. João Salles e dona Céres Salles. Entre os serviços realizados, destacaram-se: o reforço da estrutura do palacete — com a substituição das vigas de madeira por estruturas de concreto armado —, a troca do madeiramento da parte superior do prédio, a reconstrução da cúpula localizada na entrada, o levantamento de paredes internas, entre outros.
Também foram reproduzidos brasões do período do Brasil Império, copiadas cenas de afrescos que foram transferidas para placas de porcelana, além de outros trabalhos voltados à restauração do patrimônio artístico-cultural.
As obras foram concluídas, mas o museu ainda não estava pronto em sua totalidade. Em 2000, iniciou-se o processo de doação do acervo à municipalidade, o que levou alguns anos para ser finalizado. O museu só foi reaberto ao público em 2008, sendo registrado também no IPHAN. Em janeiro de 2009, foi oficialmente incluído no Sistema Nacional de Museus.
O Palacete Visconde da Palmeira foi construído entre 1850 e 1854 para ser a residência do Visconde Antônio Salgado Silva, importante produtor de café durante o período do Brasil Império. O edifício, de estilo neoclássico eclético, possui três pavimentos e mais de 30 cômodos. Suas paredes externas foram erguidas em taipa de pilão — preservadas durante a restauração — e as internas, originalmente em pau-a-pique, que foram totalmente reconstruídas.
Com um acervo diversificado de aproximadamente 5 mil peças, o museu oferece exposições fixas e temporárias que exploram diversos aspectos da história local — desde a influência dos povos formadores da região, passando pela Revolução de 1932, até a contemporaneidade.