Benedito Antonio da Silva, popular “Viola”, foi um dos grandes craques de futebol de Pindamonhangaba e região, que morreu tragicamente em um acidente de “bondinho”, próximo ao km 28 da ferrovia. Tinha somente 47 anos de idade.
A vida desse homem foi feita de alegrias, vitórias, derrotas e muitas conquistas jogando futebol, mas terminou tragicamente em 4 de setembro de 1959, sexta-feira, por volta das 16 horas. Sua morte chocou e parou Pindamonhangaba. Naquele tempo todo mundo viajava nos bondinhos da “Estradinha” e o conhecia e admirava pela sua competência e cordialidade. O acidente foi manchete da “Tribuna” de 13 de setembro de 1959.
Ele era motorneiro (condutor) de bondinhos da Estrada de Ferro Campos do Jordão. Na data citada acima, descia a serra conduzindo uma gôndola (bonde de transportar cargas e automóveis), e numa curva logo após a estação de Santo Antonio do Pinhal (Eugênio Lefévre), o veículo descarrilou, tombou e toras de madeira que levava (20 toneladas) o esmagaram na cabine onde estava. O peso foi considerado excessivo e após a tragédia reduziram para 10 toneladas. Ainda hoje existe no local uma cruz de pedra em homenagem ao Viola.
QUEM FOI VIOLA
Viola nasceu em Tremembé em 1912, e em 1933, com 21 anos de idade, foi convidado para trabalhar na Estrada de Ferro Campos do Jordão e jogar na Ferroviária, então mudou para Pinda onde constituiu e criou a família. Jogou até o final de década de 30 no time principal Em 1942 foi para o Esporte Clube Taubaté (levado pelo amigo Savério Mario Ardito, presidente do clube taubateano) onde conquistou o título de Campeão Paulista do Interior da Série A-2 e a medalha de artilheiro.
Depois voltou para a Ferroviária onde jogou nos times de veteranos até sua morte. Foi homenageado com seu nome “Rua Benedito Antonio da Silva – Viola” na rua onde morava, no bairro Campo Alegre (a rua que começa em frente ao Pastel da Inês), a casa existe até hoje e fica no final da rua. Seu filho José Carlos é associado do clube e também trabalhou na “Estradinha”. Ele é genro do “Seu Arlindo”, barbeiro nas décadas de 50/60 na Rua 10 de Julho, centro da cidade.
Meu pai Gumercindo trabalhou com Viola, foi seu amigo e o ajudou a cobrir sua casa na década de 50.