Durante todo o mês de abril, o CMEI Marli Lemes de Moura Camargo desenvolveu ações especiais dentro do projeto “Hora do Conto”, promovendo vivências culturais com todas as crianças da unidade. As atividades valorizaram a cultura dos povos indígenas por meio de contações de histórias, instrumentos musicais e degustação de alimentos típicos.
Como parte do projeto, cada professora apresentou uma história diferente para todas as salas ao longo das semanas. A professora Fernanda, do berçário B, escolheu a lenda “Mani, a origem da mandioca” e conduziu a contação de forma lúdica e interativa. As crianças conheceram a raiz da mandioca e participaram de uma degustação com mandioca cozida e caldo, preparados com o apoio das merendeiras da unidade. A atividade foi enriquecida com o “cesto dos tesouros”, que continha elementos utilizados pelos povos indígenas, como pinhas, cabaças e raízes, estimulando a curiosidade e a exploração tátil.
“A turma ficou envolvida com a história, e o mais surpreendente foi a aceitação da mandioca. Muitos pediram mais!”, relatou a professora.
Já a lenda do Uirapuru foi apresentada pela professora Daniela Rodrigues, do infantil 2A, em uma proposta que uniu contação e musicalidade. Para representar os personagens da história, foram utilizados acessórios indígenas e instrumentos musicais como maracas, pau de chuva, caxixi, flauta e até um assobio de água feito de argila, produzido pela tribo Pataxó, da Bahia. Cada som representava um personagem, como o cacique e os indígenas Quaraçá e Anahi.
“A proposta era envolver as crianças com os sons e a narrativa, mesmo sendo tão pequenas. Foi um momento encantador”, destacou a professora. “Uirapuru, o pássaro que não é pássaro, tem o canto mais belo da floresta — o canto da saudade”, completou.
A iniciativa reforça o compromisso da Secretaria de Educação com práticas pedagógicas que respeitam e valorizam a diversidade cultural desde os primeiros anos da educação infantil. A unidade também faz questão de inserir, ao longo de todo o ano letivo, temáticas ligadas às culturas indígena e afro-brasileira, conforme prevê a legislação vigente.
