Chama a Bebel, nova obra do roteirista, produtor e diretor gaúcho Paulo Nascimento, chega às telas dos cinemas e às prateleiras das livrarias simultaneamente nesta quinta-feira. O livro, adaptado do roteiro audiovisual estrelado pela atriz Giulia Benite, é publicado pelo selo Lucens Editorial, da Citadel Grupo Editorial.
Quando a protagonista, de apenas 15 anos, deixa a mãe e o avô no interior para morar com os tios na capital a fim de concluir os estudos, não imagina o que a espera. Além das escadas, um obstáculo diário para sua cadeira de rodas, ela precisa lidar com a saudade da família, comentários ásperos da tia e uma colega da classe que além de capacitista é filha do “dono da cidade” e rainha da razão.
Logo de cara, Bebel mostra aos alunos e professores da nova escola que é uma líder nata e, quando o assunto é sustentabilidade e preservação do planeta, ninguém melhor do que ela, uma admiradora da ativista Greta Thunberg. Junto com o primo Beto e o amigo Zico, enquanto constroem um biodigestor no colégio, traçam secretamente um plano para desmascarar a empresa de cosméticos da cidade, que testa produtos em animais.
– Não vou salvar o mundo, vô, mas vou fazer o que posso. Não dá para ficar de braços cruzados com os bichinhos sendo maltratados desse jeito! Eu tô falando isso desde o início e vocês, “adultos”, se fazendo de desentendidos. Agora temos a comprovação, só precisamos ir lá e ver a situação para pensar em uma ação. (Chama a Bebel, pg. 120-121)
Além de imagens com cenas do filme produzido pela Accorde Filmes e distribuído pela Paris Filmes, outro diferencial do livro é a adição dos pensamentos dos personagens. De acordo com o autor, Paulo Nascimento, é difícil expressar como cada um sente as situações, por isso a literatura pode enriquecer ainda mais uma obra que inspira coragem como Chama a Bebel.