Nos últimos anos, após a pandemia do Covid-19, observamos um crescimento expressivo na procura por atendimentos psicológicos e por terapias comportamentais em todo o país. Sintomas como ansiedade, estresse crônico, oscilações de humor, fadiga emocional e dificuldades de adaptação tornaram-se mais frequentes entre diferentes faixas etárias. Esse cenário refletiu a sobrecarga emocional acumulada durante meses de incertezas e mudanças abruptas na rotina.
O Brasil registrou um aumento expressivo na procura por atendimento psicológico. Segundo dados do Ministério da Saúde, o SUS realizou quase 14 milhões de atendimentos psicológicos apenas em 2024, um crescimento de mais de 20% em relação ao ano anterior. Esse salto reflete os impactos emocionais da pandemia, o isolamento social, perdas familiares, insegurança financeira e o medo constante de adoecer.
Muitas pessoas buscaram apoio profissional pela primeira vez, motivadas por crises de ansiedade, insônia, queda de produtividade e sensação constante de alerta. A psicoterapia ganhou protagonismo ao oferecer ferramentas para reorganizar pensamentos, ressignificar experiências traumáticas e restabelecer o equilíbrio emocional. A psicologia clínica e as terapias comportamentais tornaram-se centrais na reconstrução emocional da população. O atendimento psicológico no SUS tem sido fundamental para garantir acesso gratuito a quem não pode arcar com custos privados.
Além da psicologia, um movimento crescente das práticas integrativas e complementares vem ganhando espaço. Acupuntura, por exemplo, é utilizada para reduzir sintomas de ansiedade e estresse, atuando na regulação do sistema nervoso e promovendo sensação de bem-estar. Já o pilates contribui para a recuperação emocional ao unir exercícios físicos com técnicas de respiração e concentração, favorecendo o equilíbrio corpo-mente.
Essas práticas não substituem o acompanhamento psicológico, mas funcionam como ferramentas complementares que ampliam os resultados do tratamento. Pacientes relatam melhora na qualidade do sono, redução de dores físicas ligadas ao estresse e maior disposição para enfrentar desafios cotidianos.
A acupuntura atua diretamente na regulação do sistema nervoso autônomo. Ao estimular pontos específicos do corpo, promove diminuição da tensão muscular, melhora do sono, alívio de dores crônicas e redução significativa de sintomas de ansiedade. Diversos pacientes relatam sensação de calma imediata após as sessões, o que favorece a adesão ao tratamento psicológico e melhora a capacidade de lidar com emoções intensas.
O pilates, por sua vez, tem se destacado como uma prática corporal completa para o equilíbrio entre mente e corpo. A técnica trabalha respiração, concentração, força e mobilidade, que são elementos fundamentais para indivíduos que enfrentam estresse prolongado. Além de fortalecer a musculatura e melhorar a postura, o método proporciona um momento de autoconsciência, contribuindo para a diminuição dos níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Em muitos casos, pacientes que combinam terapia, acupuntura e pilates relatam maior disposição, melhora da autoestima e estabilidade emocional.
Profissionais de saúde defendem que integrar abordagens psicológicas com práticas complementares cria um cuidado mais amplo e humanizado. Essa união proporciona não apenas o tratamento dos sintomas, mas a reconstrução de hábitos, a reorganização emocional e o retorno gradual da sensação de bem-estar. A integração entre psicologia, terapias comportamentais e práticas como acupuntura e pilates mostra-se uma estratégia eficaz para promover recuperação emocional ampla e duradoura, que deve ser uma forma de tratamento combinado daqui em diante.








