A Nova Ordem Mundial compreende um fenômeno de alteração da ordem mundial, no plano geopolítico, do qual resulta uma nova configuração política. Em tese, a Nova Ordem iniciou-se com o final da Guerra Fria, com a queda do Muro de Berlim, em 1989, e o fim da União Soviética, em 1991. Neste momento, a maioria dos Estados Nacionais aceitou a hegemonia dos Estados Unidos e reconheceu a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) como a força militar internacional suprema.
Na realidade, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, os EUA passaram a dominar o sistema capitalista, devido ao seu poderio militar e nuclear, bem como econômico, com a instauração do dólar como padrão monetário internacional.
Segundo reportagem do The New York Times, quem difundiu a expressão foi o então presidente dos Estados Unidos, George H.W. Bush, em 1990. Ele disse, em uma entrevista coletiva sobre a crise no Golfo Pérsico: “Ao olhar para os países que estão participando aqui agora, acho que temos uma chance de uma nova ordem mundial”.
Ainda de acordo com o New York Times, Bush teria ouvido a expressão de seu secretário de Estado, James A. Baker III, que teria escutado do ministro da Fazenda do Peru, Alva Castro, em uma palestra em 1986. O peruano fez um apelo por uma “nova ordem mundial”, pedindo mudança no Fundo Monetário Internacional (FMI).
Mikhail S. Gorbachev, então presidente da União Soviética, também usou o termo em uma conferência no Kremlin em abril de 1990. “Estamos apenas no início do processo de formação de uma nova ordem mundial”, afirmou.
Ou seja: “A capacidade bélica e militar de uma nação deixou de ser, necessariamente, o único sinônimo de poder daquele país no cenário internacional. Na atual ordem, o desenvolvimento econômico e tecnológico se tornou importante para se compreender como um território está inserido na geopolítica global.”
Mais recentemente, a expressão Nova Ordem Mundial vem aparecendo ligada a outras teorias, como a do “Great Reset”, ou “Grande Reset”, que pode ser traduzido como “grande recomeço” ou “grande reinicialização”. Teorias conspiratórias, no geral, costumam oferecer explicações simples para questões complexas. Algumas estratégias utilizadas pelos conspiradores são a manipulação do contexto das informações, o apelo para o emocional e a identificação de um “inimigo”, formando um discurso baseado na polarização “nós contra eles”.
Por isso, é preciso tomar cuidado com conteúdo que oferece respostas fáceis e faz sugestões sem comprovar ou divulgar a fonte para o que está sendo dito.
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