A felicidade, essa busca universal, é um mistério em constante movimento. Muitos a veem como um ponto fixo, um destino a alcançar, mas será que ela é assim tão estável? Talvez, como as ondas do mar, a felicidade seja feita de fluxos e refluxos, aparecendo em instantes que iluminam o cotidiano antes de se dissolver no horizonte.
Ela pode ser tão passageira quanto o cheiro de café pela manhã, tão efêmera quanto o sorriso de um desconhecido na rua. Mas isso não diminui seu valor; pelo contrário, torna esses momentos preciosos, como pequenas joias espalhadas pelo dia a dia.
Por outro lado, há quem diga que a felicidade não é o momento em si, mas uma perspectiva, um estado de espírito. Uma construção interna, feita de aceitação e gratidão, que permite encontrar alegria mesmo nos dias mais cinzentos.
Mas será que podemos mantê-la? A constância, talvez, não esteja na euforia, mas na capacidade de saborear as nuances da vida – nos altos e baixos, nas conquistas e nos desafios.
Assim, a felicidade não é um lugar fixo no mapa, mas a maneira como decidimos caminhar por ele. Ela não precisa ser constante para ser real. Basta que seja sentida. E, enquanto o coração pulsar, ela estará lá, esperando para ser descoberta – no silêncio ou na explosão de cores de um pôr do sol inesperado.