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A A.C. COOTEPI

Tudo começou com a iniciativa do Afonso Barone. Ele queria colocar em prática a vontade que dormia nos corações dos fazedores de arte de Pinda.

Estava acontecendo um promissor e crescente movimento artístico na cidade, especialmente o das artes cênicas (teatro e dança). Era um movimento que vinha sendo premiado e alcançando o reconhecimento em vários festivais de teatro e dança na região, no Estado e, até, no país.

Foi nessa época que a comunidade realizadora da arte e cultura resolveu buscar uma forma de, unidos, poder melhorar a qualidade e as condições da estrutura produtiva dos grupos.

Em agosto de 2000, no Quintal das Artes, com a participação da comunidade artística e de cidadãos interessados pela arte da cidade, organizou-se um encontro com o Dr. Vito Ardito, o prefeito em exercício da época, onde ficou acordado que o município passaria a bancar as despesas de um galpão que se transformaria em espaço de produção de arte e realização de cursos e oficinas para melhorar a qualidade técnica dos artistas da cidade e oportunizar o surgimento de novos grupos e artistas, contribuindo assim para uma produção mais eficaz das artes, tanto quantitativa quanto qualitativa.

Com a união de todos, iniciou-se a obra de construção do espaço. E o chão coberto por ardósias foi transformado: foram removidas partes de estruturas de colunas de concreto e construído o palco que era composto por uma malha de madeira, sobras de caibros e vigas guardadas no DSM, e revestido pelo Madeirit que fora as divisórias do alojamento do FESTE/2000 e recoberto pelo linóleo que a Cultura usava para cobrir o palco do Literário. O corredor usado antes como cozinha foi esticado e transformado em camarim; para a plateia construiu-se uma arquibancada de madeira que comportava um público de 326 pessoas (mais tarde o prefeito, espontaneamente, mandou cobri-la de espuma e napa preta, deixando-a mais confortável). Sobre a laje que cobria os escritórios construiu-se a cabine técnica; o equipamento de luz e som era composto especialmente com o material do “Cadê Otelo?” e, quando necessário, suplementava-se com o recurso de sempre, o aluguel.

Esse galpão, que passou a ser chamado de Teatro COOTEPI, tornou-se um espaço onde os artistas puderam ensaiar, produzir e apresentar seus trabalhos. Também companhias de outras localidades puderam apresentar seus espetáculos e trazerem novas experiências técnicas e novos enfoques artísticos para a evolução e reciclagem dos nossos artistas.

Cansamo-nos de ver essa cena se repetir: os grupos de outras cidades chegavam, paravam do lado de fora olhando a fachada do galpão e torciam o nariz com desdém. Após a exibição dos seus espetáculos nos procuravam querendo agendar nova apresentação ali. O espaço, com um palco de um tamanho adequado, próximo ao público, dava um caráter intimista, muito rico e estimulante para as performances artísticas.

Logo no início das atividades, o teatro sediou as novas edições do FESTE, FESTIL, Encontro de Artes Cênicas e vários outros acontecimentos. Com tais realizações a COOTEPI se credenciou como um parceiro efetivo do município realizando atividades artísticas do seu metiê e dando apoio às realizações de fundo artístico-cultural do município.

Além do mais, proporcionou o desenvolvimento de um novo público, mais numeroso, habituado e crítico.

Em 2005 a COOTEPI foi oficializada como entidade civil sem fins lucrativos, com Estatuto, Regimento Interno, Diretoria, CNPJ, etc., e mais tarde, tornou-se entidade de Utilidade Pública.

Entretanto, em outubro de 2011 o teatro foi fechado para realização de reformas e reaberto em fins de 2013, sendo reinaugurado com o nome de “Espaço Cultural Teatro Galpão” e sob administração exclusiva do Departamento de Cultura da cidade, data em que a Cootepi deixou de funcionar no espaço municipal.

O Teatrando

Alberto Marcondes Santiago
Alberto Marcondes Santiago
Natural de Pindamonhangaba, poeta, contista, letrista, ator, diretor, dramaturgo. Membro titular e Ex-Presidente da Academia Pindamonhangabense de Letras; fundador e Ex-Presidente da Associação Cultural Cootepi (atual Teatro Galpão); Ex-Presidente do Conselho Municipal de Cultura de Pindamonhangaba; fundador e Ex-presidente da Cia. Teatral “Cadê Otelo?” (Ganhadora do Mapa Cultural Paulista, da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e do Festival Brasileiro de Teatro, da Funarte e Confenata). Homenageado pelo Conselho Municipal de Cultura de Pindamonhangaba pela atuação nas atividades culturais do município; Ganhador da Medalha do Mérito "Athayde Marcondes" de 2019 - Honraria concedida pela Câmara de Vereadores da cidade à uma pessoa, empresa ou instituição, que tenha contribuído destacadamente para a história e a cultura de Pindamonhangaba. Idealizador e realizador do FESTIPOEMA, que já realizou a sua 14ª Edição; participou da criação e realização do I Fórum Municipal de Cultura (“Um Novo Olhar Sobre a Cultura em Pinda”) e do Encontro de Artes Cênicas de Pindamonhangaba; foi Vice-presidente da Comissão Organizadora do I Conferência Municipal de Cultura de Pindamonhangaba e delegado representante de Pindamonhangaba na Conferência Estadual de Cultura.
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