O ‘8º Encontro de Ferreomodelismo do Cone Leste Paulista’, realizado no último sábado, no Armazém da Lagoa, reuniu amantes deste hobby de várias cidades da região. Esta foi a quarta vez que a cidade sediou o evento. “Fiquei surpreso com o resultado, pois não imaginei que tivéssemos uma grande quantidade de pessoas”, afirmou Ernesto Paparelli, organizador do encontro.
De acordo com ele, a participação de público ficou entre 70% e 90% maior do que na última edição. “Próximo ao horário de encerramento, ainda havia pessoas chegando. Realmente fiquei muito satisfeito com o resultado”, completou Paparelli.
O 8º encontro teve o apoio da Prefeitura de Pindamonhangaba, Projeto Rádio Trem, Apite Ferreomodelismo, Intelig Multi Tec e Frateschi, única fabricante da América Latina de trens elétricos em miniaturas e réplicas de composições reais, situada em Ribeirão Preto, no interior paulista. Durante o evento, o público conheceu algumas maquetes e obteve informações sobre este fascinante hobby.
História do Hobby
O ferreomodelismo é um dos hobbies mais antigos do mundo, e sua origem remonta ao período em que o transporte ferroviário foi adotado massivamente. As primeiras miniaturas de trens foram fabricadas por volta de 1830, por artesãos alemães. De lá para cá, muita coisa mudou, principalmente no Brasil, onde o transporte de passageiros pelas ferrovias deixou de acontecer, com exceção dos passeios turísticos. Mesmo assim, a paixão de algumas pessoas por este hobby se intensificou.
“O ferreomodelismo é uma mistura de entretenimento, baseado em modelos de escala, e arte, pois os amantes deste hobby ficam fascinados quando começam a construir suas maquetes, fazer toda a parte de decoração e cenário e projetar as construções. É preciso ter capacidade de observação para se construir uma maquete, pois todo esse trabalho de reprodução do mundo real é totalmente artesanal”, comentou Lucas Frateschi, diretor da Frateschi Trens Elétricos.
“As pessoas pensam que o transporte ferroviário morreu, mas ele está vivo e em expansão. A ferrovia é de valor estratégico imprescindível para um país como o Brasil, e este crescimento ajuda a fomentar ainda mais a paixão que muitos brasileiros têm pelos trens, sendo que muitos passam o hobby do ferreomodelismo para as futuras gerações”, finalizou Lucas.