
Em tempos de opiniões rápidas e julgamentos ainda mais velozes, a empatia torna-se não apenas uma virtude, mas uma necessidade urgente. Ela exige pausa, escuta e disposição para enxergar o outro para além de estereótipos. Empatia não é concordar com tudo, nem assumir as dores alheias como nossas. É reconhecer a humanidade que compartilhamos, mesmo quando divergimos.
Num mundo hiperconectado, paradoxalmente, nos tornamos menos atentos aos sentimentos reais das pessoas. A empatia nos convida a desacelerar. A perguntar antes de concluir. A ouvir antes de responder. A compreender antes de criticar.
Quando exercida, transforma ambientes de trabalho em espaços mais saudáveis. Fortalece famílias. Aproxima comunidades. Reduz conflitos que nascem de malentendidos. E amplia nossa capacidade de agir com responsabilidade social.
Ser empático é um ato político e ético. Exige coragem para sair de si e olhar com sinceridade para o outro. Exige humildade para admitir que não sabemos tudo. E exige generosidade para oferecer presença.
Que possamos, portanto, praticar a empatia como quem cultiva um jardim: com cuidado, constância e intenção. O mundo precisa — e nós também.








